terça-feira, 1 de setembro de 2015

11:50 PM



É engraçado dizermos ‘tchau’ para algo que nunca foi nosso e desejarmos que ele volte.
É engraçado como nosso ego é tão grande a ponto de pensarmos que algo nesse universo - grande, cheio de milagres e formas infinitamente coloridas, cada qual com sonhos que se transformam em planos incompletos e peculiares - possa pertencer à nós, pessoas egoístas que se recusam a pertencer a algo simples como uma muda de roupa.
É engraçado quando soltamos nossas mãos, aquela certeza que aquilo que fora solto seja tão necessitado que tenha de prender sua mão novamente à nossa, como uma criança desesperada pelo toque reconfortante de sua mãe.
É engraçado que nós, ambos espíritos livres procurando por algo que nos acompanhe, tenhamos acreditado por um segundo sequer que um não conseguiria viver sem o outro, ou melhor, que um seria tão facilmente atrasado só para satisfazer o ego alheio. Assim como estrelas, nós não dependemos de ninguém além de nós mesmos para queimarmos até a morte e nada vai nos atrasar em nossa destruição interna.