sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

10:30 AM














Terminar um mês com um coração partido, que aguentou toda uma sofrença só para falhar nos últimos segundos. Terminar um mês com um coração partido, com sal nos olhos e toques que não ocorreram, mas que são profundamente sentidos por minha pela de tempos em tempos. Com mais propostas que tempo, com mais ideias que páginas e com uma calma que foi apagada, novembro percorreu meus pulmões para deixá-los tão danificados que nem água consegue limpá-los. Redescobri aquele álbum só para ver nas entrelinhas palavras que caçoavam de mim por esconder tais sentimentos por semanas, os flashes não pararam desde então. Tantos rostos com cores inimagináveis e tanta dor escorrendo de minha pessoa, que sorria numa alegria contínua e calma. Terminar um mês com um coração partido só para notar que o controle é uma ilusão descontrolada, fugindo de mim como a chuva que se recusa a me molhar, que só aceita me acordar de sonhos perfeitos e pesadelos apaixonantes. As cores que percorrem minha mente jamais saem e me pego às vezes com seu nome em meus lábios, só para soltar o dela em seguida, como se se pertencessem; mas essa é somente outra ilusão da vida, assim como essas palavras, assim como essa música que zomba de mim. Talvez tudo que eu sinta seja ilusão, seus abraços, seu nome, essa mão estranha que pousa em meu ombro. Terminar um mês com um coração partido, com a lembrança de que daqui a 40 dias eu terei uma vida nova, que apenas será outra ilusão, pois ainda vou te esperar num canto escondido com tais sentimentos na palma de minha mão.